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Quem foi Álvaro Velho?

Álvaro Velho

O nome de Álvaro Velho [↑] foi atribuído à Escola Básica do 2º e 3º ciclos do Lavradio, em homenagem a um escudeiro de D. Manuel I , que se pensa ser originário do Barreiro e acompanhou Vasco da Gama na sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia [].

Tradicionalmente, desde o séc. XIX, que se atribui a Álvaro Velho a redação de uma  relação da viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1499), relação essa utilizada por Fernão Lopes de Castanheda na sua História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses.

Este documento manuscrito [esteve esquecido durante muito tempo (três séculos e meio permaneceu inédito). Foi Alexandre Herculano, em 1834, que o descobriu no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra. Mais tarde leva-o para a Biblioteca Municipal do Porto, onde se conserva com a cota n.º 804.

Na primeira publicação do manuscrito (cópia do original), em 1838, Diogo Kopke (editor), atribui a autoria do mesmo (o texto era anónimo), depois da sucessiva eliminação de diferentes hipóteses, a Álvaro Velho.

Sobre Álvaro Velho chegaram até nós poucas informações. Tem a oportunidade de fazer toda a viagem desde o Restelo até à Índia e depois a viagem de regresso até ao Rio Grande (Costa da Guiné). Desembarcou em vários locais antes de chegar à Índia e esteve, também, presente em diversas situações marcantes da viagem, como o facto de fazer parte da comitiva (doze homens) que representou D. Manuel I perante o Samorim de Calecute. Daí poder relatar com o máximo de rigor e precisão toda a viagem de Vasco da Gama.

O relato termina quando a armada, na volta da Índia, se aproximou da ilha de Santiago, em Cabo Verde. Embora não haja certezas, os historiadores pensam que ele era um degredado [e que teria sido obrigado a ficar no litoral africano para cumprir alguma pena. Valentim Fernandes na sua “Descrição da Guiné” de 1507, refere que Álvaro Velho estivera em terra (Serra Leoa) oito anos (1499-1507?), precisamente os anos coincidentes com o término da Relação e a data da redação do manuscrito (1507). Então, outra coisa qualquer pode o ter retido em terra - incidente imprevisto ou doença súbita - assumindo depois uma qualquer qualidade de feitor, agente comercial, capitão ou mestre de caravela, quem o poderá saber?

O manuscrito da Relação tem ainda outros conteúdos. O primeiro é uma lista de reinos a sul de Calecute e respetivas produções, algo que o autor terá realizado a partir das informações sem grande exatidão obtidas junto de Gaspar da Gama [], judeu aprisionado pelos Portugueses na Ilha de Anjediva []. A terceira parte do manuscrito consiste numa lista de suposto vocabulário português-malaiala (língua que faz parte do grupo das línguas dravídicas faladas no Malabar - Índia Ocidental).

Apesar de incompleto, este documento narra de forma bastante viva e pitoresca aspetos da vida a bordo [] das naus, os contactos dos portugueses com os diversos povos que encontraram nas terras onde aportaram e outros episódios curiosos dessa grande odisseia dos nossos antepassados (desde 18 de Junho de 2013 que integra o registo “Memória do Mundo” da Unesco).

O papel de Álvaro Velho na História dos Descobrimentos e das Navegações ainda é demasiado nebuloso para se afirmar: "Álvaro Velho foi..." ou "Álvaro Velho fez...", na medida em que a sua figura pouco rasto deixou na documentação vinda até nós. A discussão em torno da figura de Álvaro Velho e da autoria da famosa Relação da viagem de Vasco da Gama, continua…

Álvaro Velho (século XV-XVI) terá nascido no Barreiro em data incerta e participou como marinheiro ou soldado na expedição de Vasco da Gama à Índia. Segundo Valentim Fernandes, terá passado oito anos na Guiné (1499-1507). O diáro de bordo de Álvaro Velho, Roteiro da Índia, chegou até nós incompleto, desconhecendo-se o manuscrito original. A cópia encontra-se na Biblioteca Pública Municipal do Porto. O Roteiro da Índia, ou Roteiro da Viagem que em Descobrimento da Índia pelo Cabo da Boa Esperança fez D. Vasco da Gama em 1497, foi publicado no Porto em 1838.

Manuscrito - entre 1500 e 1550 - 1 volume (45 folhas); 29 cm. Cópia, a mais antiga e única conhecida, do texto original que se perdeu e cuja autoria anda frequentemente atribuída a Álvaro Velho.

A descoberta do caminho marítimo para a Índia é a designação comum para a primeira viagem realizada da Europa à Índia pelo oceano Atlântico. Uma das mais notáveis viagens da era dos Descobrimentos, consolidou a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses.

Na figura também se vê os caminhos percorridos por Pêro da Covilhã e por Afonso de Paiva e da viagem que fizeram juntos.

Pessoa que está cumprindo uma pena de desterro (expulsão da pátria ou da terra onde se reside), imposta judicialmente como castigo de um crime grave.

Aparece com o nome de Gaspar da Gama ou Gaspar das Índias nas crónicas e relatos dos descobrimentos portugueses escritos por Gaspar Correia, Fernão Lopes de Castanheda, Jerónimo Osório, Damião de Góis e Álvaro Velho no entanto era conhecido pelos indianos como Mahmet. Comerciante de origem judaica que atuou como intérprete e prestou vários serviços aos portugueses nas Índias, onde foi encontrado por Vasco da Gama. Conhecido por falar várias línguas do Oriente e do Ocidente. Navegou com diversas esquadras portuguesas entre a Europa e as Índias, inclusive com a esquadra de Pedro Álvares Cabral que descobriu o Brasil. Foi certamente um dos primeiros europeus a desembarcar no Brasil e a tentar comunicar-se com os índios tupiniquins.

Pequena ilha costeira do Mar Arábico, com 1,5 km² de área, sem população residente, parte do estado de Goa, Índia, tendo feito parte do Estado Português da Índia até 1961. A ilha fica a sul de Goa, a cerca de 1 800 metros do litoral do estado indiano de Karnataka. Na ilha situam-se a Fortaleza de Angediva, construída pelos portugueses, e os santuários de Nossa Senhora das Brotas e de São Francisco de Assis.

A vida a bordo das embarcações que se faziam ao mar em busca de novos descobrimentos era dura e muitos homens sucumbiam nas viagens. A alimentação era insuficiente, desadequada e doenças como o tifo, a disenteria e o escorbuto faziam parte do dia a dia da vida a bordo dos barcos. A vida a bordo dos que se faziam aos mares na época dos descobrimentos era laboriosa e desconfortável. Por essa razão, muita da tripulação dos barcos era constituída por jovens obrigados a embarcar, e por condenados pela justiça.

Atividade de escolha múltipla

Pergunta

Que Rei governava Portugal nesta época?

Respostas

D. Manuel I

D. João II

D. João I

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Pergunta

Álvaro Velho fez toda a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia?

Respostas

Sim, embarcou de Lisboa para Calecute e regressou de Calecute para Lisboa.

Não, na viagem de volta rumou aos Açores.

Não, na viagem de volta ficou no Rio Grande (Costa da Guiné).

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Pergunta

Em que data a "Relação da viagem de Vasco da Gama" passou a integrar o registo “Memória do Mundo” da Unesco?

Respostas

18 de Junho de 2012

18 de Junho de 2011

18 de Junho de 2013

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Pergunta

Que navegador Álvaro Velho acompanhou na viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia?

Respostas

Pedro Álvares Cabral

Vasco da Gama

Cristóvão Colombo

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