Sapal de Coina
O rio Coina - desagua no estuário do Tejo num esteiro com cerca de 6 km - foi desde sempre conhecido por ser um local eleito por aves e peixes para reprodução e berçário.
Com a instalação de indústrias poluentes nas suas margens, este ecossistema esteve ameaçado de extinção, contudo, o encerramento destas indústrias permitiu que muitas espécies que se julgavam desaparecidas para sempre voltassem a procurar o Sapal de Coina para se reproduzirem ou como pouso temporário para muitas aves migratórias, que aqui procuram alimento e abrigo. Destaque para os patos que encontrámos às centenas.
O rio de Coina foi um elemento natural importante no desenvolvimento da região, foi ainda associado à indústria naval, porque nas suas margens se construíram as embarcações da época da Expansão Portuguesa (caravelas e naus). As más condições de tempo no Inverno na Ribeira das Naus (em Lisboa), local onde se iniciava a construção, obrigava a que a conclusão das mesmas fosse feita no estaleiro da Feitoria da Telha. Era também nas areias das margens do rio Coina que se enterravam as madeiras – a zona era muito arborizada na época – destinadas à construção naval. Nessa época o Rio Coina ainda era navegável, consta até que todos os dias saíam de Coina vários barcos carregados de hortaliças e frutas, como a uva Moscatel, com destino ao mercado de Lisboa. O rio era por vezes utilizado pela Rainha D. Constança, esposa de D. Pedro I, para viajar de barco para a sua residência em Azeitão.
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