Page 23 - Visita estudo Museu do Azulejo
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Foi com o painel Lisbonne aux Mille Coleurs que Paulo
Ferreira se apresentou e que recebeu o diploma de
honra como ceramista, para além do Grande Prémio
como decorador. Neste seu painel apresenta um
luminoso panorama da cidade visto a partir do Tejo,
tendo como centro do olhar a Praça do Comércio.
A imagem urbana desenvolve-se em direção ao Rossio
exibindo à esquerda as representações do Convento do
Carmo, do Bairro Alto, das praças do Município e
Camões e, à direita, representações da Sé e Castelo de
São Jorge.
Lisbonne aux Mille Coleurs – Paulo Ferreira (1937)
Jorge Barradas, pintor e ilustrador do Modernismo português,
foi um dos artistas responsáveis pela renovação do interesse
pela cerâmica, garantindo-lhe o estatuto de disciplina artística
moderna. Assumindo o estatuto de arte tradicional, identificativa
da cultura portuguesa, o azulejo foi ganhando nova importância
no contexto de encomendas destinadas a espaços públicos,
abandonando as recriações, cada vez menos espontâneas, de
temas e modelos barrocos, rococós e neoclássicos.
Reis Magos – Jorge Barradas (1945)
Maria Keil desenvolveu uma vasta obra nas áreas da pintura, ilustração, gravura, tapeçaria e azulejaria.
Nesta última vertente, distinguiu-se por ter sido a primeira artista portuguesa a imprimir ao azulejo um
cunho moderno, alicerçado na tradição azulejar portuguesa que investigou de forma aprofundada, numa
época em que o azulejo ainda era encarado pela comunidade artística nacional como um trabalho de
artesanato.
Os Pastores – Maria Keil (1955)