Page 21 - Visita estudo Museu do Azulejo
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O conjunto do Museu Nacional do Azulejo composto
por sete painéis legendados alusivos à História do
Chapeleiro António Joaquim Carneiro é
paradigmático do novo tipo de encomenda, pois
relatam a ascensão social de um rapaz pobre que o
trabalho transformou num abastado burguês.
Painéis do Chapeleiro (1790-1800)
Real Fábrica de Louça ao Rato
A produção industrial
Durante o século XIX, a expansão das cidades e o alargamento
de novas áreas urbanas, associados a uma mentalidade mais
individualista de sucesso e ostentação de um estatuto que se
adquiria pelo trabalho, levaram a uma crescente utilização do
azulejo em fachadas, forma de diferençar os edifícios, com
aspetos, por vezes, relacionados com os seus proprietários.
Painel de azulejos de padrão (1820-1830)
Alguma da produção das fábricas do norte do país começou a distinguir-se pelo recurso a formas relevadas
Fábrica de Massarelos
na azulejaria, criando efeitos óticos de luz e sombra mais acentuados que aqueles que podem ser
encontrados em Lisboa.
Arte Nova
A produção de cerâmica entre meados do século XIX e o início do século XX ficou marcada pela
industrialização do fabrico, permitindo que objetos cerâmicos entrassem, definitivamente, no quotidiano
dos portugueses, e que os azulejos se afirmassem em revestimentos de fachadas, marcando os espaços
urbanos.
Painel de padrão com borboletas (1905) Painel de azulejos Arte Nova (1901-1905)
Rafael Bordal Pinheiro – Fáb. Cerâmica Caldas da Rainha Rafael Bordal Pinheiro