Page 20 - Visita estudo Museu do Azulejo
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Começando a Oeste, por Belém, e seguindo ao longo do Tejo até ao outro extremo da cidade, identificámos
            muitos edifícios e locais que ainda subsistem hoje, mesmo alterados pelo efeito devastador do terramoto

            de 1755. Outros desapareceram, e a imagem que aqui se encontra pode ser das raras representações que
            deles se conhece. O Castelo de S. Jorge, o Mosteiro de S. Vicente de Fora, o Paço da Ribeira, o Mosteiro

            dos Jerónimos, a Torre de Belém, entre outros dos mais importantes edifícios da cidade, encontram-se
            aqui representados, permitindo a imediata identificação da capital portuguesa.



                                                                   Após  o  terramoto  que  destruiu  Lisboa,  em
                                                                   1755,  na  reconstrução  da  cidade  fez-se  uso

                                                                   de  azulejos  de  padrão  no  revestimento
                                                                   interior de novos edifícios, que se afirmaram

                                                                   como uma solução eficaz e de baixo custo.
                                                                   São hoje denominados como pombalinos, do

                                                                   nome  do  primeiro-ministro  do  rei  D.  José  I,

                                                                   Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro
                                                                   marquês de Pombal (1699-1782), responsável
                                                                   pelos  trabalhos  de  reedificação  da  capital

                                                                   portuguesa.
             Painel de azulejos de padrão Pombalino (1780-1816)



            O período Neoclássico


            A assimilação, tanto no azulejo como em peças cerâmicas tridimensionais, dos valores formais e técnicos da

            estética Neoclássica, que permaneceriam com expressão eclética, até cerca de 1830, teve início na Real
            Fábrica de Louça, ao Rato, em Lisboa (1765-1835) na última década do século XVIII.















                           Silhar ornamental com retrato de senhora (1820-1830)

            Produziu-se um conjunto muito alargado de silhares ornamentais, com grande aceitação e utilização por
            parte  da  burguesia,  classe  social  que  se  afirmou  como  um  encomendador  exigente  de  composições

            azulejares decorativas.
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